A partir desta sexta-feira (21), a Lua passará mais tempo brilhando no céu devido ao lunistício, um fenômeno que ocorre aproximadamente a cada 18 anos. A “paralisação lunar” poderá ser observada até meados de 2025, com o pico previsto para janeiro do próximo ano.
O fenômeno é chamado de “paralisação lunar” porque, à medida que a Lua nasce e se põe em pontos mais extremos do céu, ela permanece visível por mais tempo, criando a impressão de que está “paralisada” no mesmo lugar ao longo da noite.
O que é o Lunistício?
O lunistício é um fenômeno astronômico que ocorre quando a Lua atinge o ponto mais ao norte ou ao sul em sua trajetória no céu, em relação ao plano da eclíptica. Esse evento é análogo ao solstício, mas em vez de envolver o Sol, refere-se à Lua. Durante o lunistício, a Lua pode aparecer extraordinariamente alta ou baixa no céu noturno, dependendo da estação do ano e da localização do observador na Terra.
Existem dois tipos de lunistícios:
- Lunistício Norte (Lunistício de Verão): Ocorre quando a Lua está no ponto mais ao norte do plano da eclíptica.
- Lunistício Sul (Lunistício de Inverno): Ocorre quando a Lua está no ponto mais ao sul do plano da eclíptica.
Esses pontos são alcançados aproximadamente a cada 18,6 anos, devido à oscilação lenta do plano orbital da Lua, conhecida como precessão do nodo lunar.
Para compreender o fenômeno e apreciar a “paralisação lunar”, é essencial observar o céu ao longo do ano e notar as mudanças, ainda que sutis, no local onde a Lua nasce e se põe.
No entanto, o lunistício de 2024 será visível apenas do Hemisfério Norte, não podendo ser observado do Brasil.
Para os observadores no Hemisfério Norte, o início do fenômeno coincidirá com o Solstício de Verão, tornando a data ainda mais especial.