O presidente russo, Vladimir Putin, ameaçou a Ucrânia com um “golpe irreparável” se a guerra continuar, em comentários feitos nesta terça-feira (16). Putin disse que a Rússia nunca será forçada a abandonar os ganhos obtidos na guerra, e que as forças russas têm “a iniciativa” no conflito.
“Agora é bastante óbvio que não apenas a contraofensiva [ucraniana] fracassou, mas a iniciativa está completamente nas mãos das Forças Armadas russas”, disse Putin. “Se isso continuar, o Estado ucraniano pode sofrer um golpe irreparável, muito sério.”
A declaração de Putin ocorre um dia depois que a Suíça concordou em sediar uma cúpula global sobre a guerra na Ucrânia, a pedido do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky. Zelensky tem pressionado por negociações de paz com a Rússia, mas Putin até agora tem se mostrado relutante em negociar.
Em seus comentários, Putin rejeitou as chamadas “fórmulas de paz” que estão sendo discutidas no Ocidente e na Ucrânia. Ele disse que essas fórmulas implicam “exigências proibitivas” para a Rússia.
“Bem, se eles não querem (negociar), então não negociem!”, disse Putin.
As declarações de Putin sobre o curso da guerra se tornaram cada vez mais confiantes e agressivas nos últimos meses. As forças russas fizeram ganhos territoriais significativos no leste da Ucrânia, e a contraofensiva ucraniana tem sido lenta e difícil.
Atualmente, a Rússia controla cerca de 17,5% do território da Ucrânia.
Implicações da ameaça de Putin
A ameaça de Putin de um “golpe irreparável” à Ucrânia é uma escalada significativa no conflito. Se a Rússia levar a cabo essa ameaça, poderia causar danos significativos à infraestrutura e à economia ucranianas, e poderia até mesmo levar à queda do governo de Zelensky.
A ameaça de Putin também é uma mensagem para o Ocidente. Putin está dizendo que não está disposto a negociar com a Ucrânia, e que está preparado para continuar a guerra até que obtenha o que quer.
A resposta do Ocidente à ameaça de Putin ainda não está clara. No entanto, é provável que o Ocidente continue a fornecer apoio militar e financeiro à Ucrânia, e que a pressão sobre a Rússia aumente.