Bassem Naim, membro do gabinete político do Hamas, saudou a abertura do caso contra Israel no Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), na quinta-feira (11). O caso foi aberto pela África do Sul, que acusa Israel de genocídio contra os palestinos em Gaza.
Em um comunicado, Naim disse que espera que o tribunal emita uma decisão que “faça justiça às vítimas, pedindo o fim da agressão e responsabilizando os criminosos de guerra”.
A África do Sul apresentou o caso ao TIJ em novembro de 2023, argumentando que Israel cometeu atos genocidas contra os palestinos em Gaza, incluindo ataques a civis e a destruição de infraestrutura.
Israel nega as acusações e diz que está agindo em legítima defesa contra os ataques do Hamas.
África do Sul condena ataques do Hamas
Durante a audiência de abertura do caso no TIJ, a África do Sul também condenou os ataques do Hamas a civis israelenses.
“Condenamos os ataques a civis por ambos os lados”, disse o advogado da África do Sul, Vaughan Lowe. “Mas o que está em jogo neste caso é a acusação de que Israel cometeu genocídio.”
Lowe também rejeitou as acusações de hipocrisia feitas contra a África do Sul, por não ter apresentado acusações de genocídio contra o Hamas.
“O Hamas não é um Estado e não pode ser parte na convenção do genocídio”, disse Lowe. “Portanto, não é um assunto da competência do TIJ.”
O julgamento do caso está previsto para durar seis semanas.