Quatro policiais equatorianos foram sequestrados por criminosos, revelou a polícia nesta terça-feira (9), enquanto explosões foram registradas em várias cidades, um dia após o presidente Daniel Noboa decretar estado de emergência.
Daniel Noboa, ex-parlamentar e filho de um dos homens mais ricos do país, assumiu a presidência em novembro, prometendo melhorar a economia e conter a crescente onda de violência nas ruas e prisões que perdurava há anos.
O estado de emergência de 60 dias, declarado na segunda-feira (8) por Noboa, permite patrulhas militares, incluindo nas prisões, e estabelece um toque de recolher noturno nacional. A medida foi uma resposta ao desaparecimento de Adolfo Macias, líder da gangue criminosa Los Choneros, que escapou da prisão onde cumpria pena de 34 anos, e a distúrbios em seis prisões, incluindo sequestros de agentes penitenciários.
Três policiais do turno da noite foram sequestrados de sua delegacia na cidade de Machala, no sul do país, informou a polícia nas redes sociais na terça-feira, enquanto um quarto policial desaparecido foi levado por três criminosos em Quito.
A polícia afirmou que suas unidades especializadas estão em ação para localizar os colegas sequestrados e capturar os criminosos, garantindo que esses atos não ficarão impunes.
As explosões, incluindo em uma ponte para pedestres em Quito, não resultaram em feridos, mas as autoridades municipais da capital pediram um reforço na segurança em meio à crise considerada “sem precedentes”.
Daniel Noboa reiterou que não negociará com “terroristas”, e o governo atribuiu os recentes episódios de violência nas prisões ao plano de construir uma nova prisão de alta segurança e transferir líderes de gangues já detidos.
A agência prisional SNAI não divulgou informações sobre os guardas mantidos como reféns.
Noboa planeja realizar um plebiscito centrado nos esforços de segurança.