Nesta sexta-feira (16), o Ministério da Educação anunciou o programa “Fies Social”, que oferecerá 100% de financiamento a estudantes com renda familiar per capita de até meio salário-mínimo, inscritos no Cadastro Único a partir do segundo semestre de 2024. As empresas de financiamento estudantil, Pravaler e Fundacred, expressaram otimismo, afirmando que não veem impactos negativos em suas operações.
Nivio Delgado, presidente da Fundacred, destacou que todos os incentivos à educação tendem a impulsionar os negócios da empresa. Ele ressaltou que, historicamente, sempre que o governo federal enfatizou o acesso à educação, as instituições de ensino e a Fundacred também registraram crescimento.
A Pravaler, especializada em financiamento universitário, afirmou que o novo Fies Social não alterará sua estratégia de negócios, pois os requisitos específicos do programa não abrangem todo o seu público-alvo. O diretor de operações da Pravaler, Beto Dantas, considerou o Fies um aliado para impulsionar o ensino superior no Brasil.
Ambas as empresas destacaram a amplitude do mercado no setor educacional, observando que apenas 25% dos jovens entre 18 e 24 anos têm acesso ao ensino superior, conforme levantamento do MEC. Isso sugere um significativo espaço para a aquisição de novos clientes.
Nivio Delgado, da Fundacred, previu um aumento na procura por crédito devido à medida do governo, o que pode beneficiar a empresa de gestão de crédito educativo, projetando um crescimento de cerca de 30% este ano. As empresas do setor educacional listadas no Ibovespa, como Cogna e Yduqs, fecharam o pregão em alta, refletindo o clima otimista do mercado em relação ao novo programa de financiamento estudantil.
