O Bank of America (BofA), segundo maior banco dos Estados Unidos, reportou uma queda de 56% no lucro do quarto trimestre de 2023, para US$ 3,1 bilhões (R$ 15,11 bilhões). O resultado foi impactado por um encargo de US$ 2,1 bilhões (R$ 10,24 bilhões) para pagar uma taxa de reposição do fundo da Federal Deposit Insurance Corporation (FDIC), que foi drenado para cobrir os recursos de correntistas de dois bancos que entraram em colapso nos EUA em 2023.
Excluindo o encargo, o lucro ajustado do BofA foi de US$ 5,2 bilhões (R$ 25,35 bilhões), um crescimento de 4% em relação ao mesmo período do ano anterior.
A receita líquida de juros (NII) do banco, que representa a diferença entre o que os bancos ganham com os empréstimos e o que pagam aos depositantes, caiu 5%, para US$ 13,9 bilhões (R$ 67,76 bilhões). A instituição gastou mais para manter os depósitos dos clientes e a demanda por empréstimos permaneceu baixa em meio a altas taxas de juros.
O BofA espera que a NII caia para um nível mínimo no primeiro semestre deste ano e cresça no segundo semestre.
“Os sólidos níveis de capital e liquidez nos posicionam bem para continuarmos a oferecer um crescimento responsável em 2024”, disse o presidente-executivo do BofA, Brian Moynihan.
A queda no lucro do BofA reflete os desafios enfrentados pelos bancos na atual conjuntura econômica. As altas taxas de juros estão pressionando a margem de juros dos bancos, que é a diferença entre o que eles ganham com os empréstimos e o que pagam aos depositantes. Além disso, a demanda por empréstimos está desacelerando, à medida que as empresas e os consumidores se tornam mais cautelosos com o aumento dos custos.
No entanto, o BofA ainda registrou um lucro ajustado positivo no quarto trimestre, o que indica que a instituição está bem capitalizada e preparada para enfrentar os desafios futuros.